Chefe do Comando de Defesa Cibernética do Exército, o general Heber Portella, que foi escolhido para representar as Forças Armadas na Comissão de Transparência das Eleições (CTE), se calou durante reunião técnica realizada na tarde desta segunda-feira (21).
A informação foi relatada à coluna de Malu Gaspar por três fontes que participaram da videoconferência organizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a publicação, durante as cerca de duas horas do encontro, Portela permaneceu em silêncio e com a câmera desativada.
Na reunião, um técnico do tribunal contou como é feito o cálculo de amostra do teste de integridade das urnas e também explicou aos participantes as respostas enviadas pelo TSE após lista de questionamentos das Forças Armadas.
Criada em setembro de 2021, a comissão tem como objetivo dar mais transparência ao processo eleitoral. Segundo a coluna, no entanto, o grupo acabou se tornando “epicentro” da crise entre o TSE e o Palácio do Planalto, junto com os militares.
A comissão é formada também por parlamentares, integrantes do Tribunal de Contas da União (TCU), da Polícia Federal, Ordem dos Advogados do Brasil, além de especialistas do meio acadêmico e da sociedade civil.
À coluna, um ministro do TSE afirmou que o general Heber Portella, que escolhido pelo ex-ministro da Defesa Braga Netto para integrar o grupo, recebeu a missão de “criar factoides” para justificar o “caos eleitoral”.
Tal leitura tem base no comportamento do militar na comissão. Ao longo dos últimos meses ele enviou ao TSE 88 perguntas sobre o processo de votação. Ainda que tenham sido devidamente respondidos, tais questionamentos são usados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para atacar a Justiça Eleitoral.
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