Vacinação de adolescentes foi restrita por falta de evidências consolidadas, diz Queiroga

O ministro Marcelo Queiroga disse, nesta quinta-feira (16), que a vacinação dos adolescentes foi restrita aos grupos prioritários por causa da falta de evidências científicas consolidadas sobre o benefício da imunização para o grupo.
Queiroga citou que mais de 3,5 milhões de adolescentes já foram vacinados no Brasil de forma "intempestiva", ou seja, sem a autorização do Plano Nacional que previa a aplicação apenas entre os prioritários desta faixa etária (12 a 17 anos) a partir de 15 de setembro.
Segundo Queiroga, deste total, 1,5 mil apresentaram eventos adversos, o que representa 0.042% do total. Para ele, o número não é grande, mas merece atenção.
O ministro citou ainda a decisão do Reino Unido de não vacinar todos os adolescentes. A recomendação foi tomada com base em um efeito colateral raríssimo provocado pela vacina da Pfizer: uma inflamação no coração chamada de miocardite. O governo britânico diz que vai aguardar mais estudos.
Por outro lado, o próprio ministro disse que já há indicações de que o risco de miocardite associado à Covid é maior do que o associado à vacinação.
A vacinação para os jovens de 12 a 17 anos foi suspensa pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira (15). A imunização vai ser restrita aos adolescentes com deficiência permanente, com comorbidades e privados de liberdade.
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